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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

O FILÓSOFO E DEUS - III

Em ordem histórica, a visão de pensadores ocidentais, da antiguidade grega até o século 20, e a maneira como a ideia de Deus permeou as teorias de cada um deles.

3º - Descartes

Considerado “o primeiro homem moderno”, René Descartes, nascido em La Haye, França, em 1596, e morto em Estocolmo, Suécia, em 1650, estudou em colégio jesuíta o que o levou, na juventude, ao completo ceticismo. Para conhecer o mundo, alistou-se em vários exércitos. Retido pelo inverno num quartel da Alemanha, entrou num processo reflexivo em que chegou a duvidar da própria existência. Mas logo percebeu que o próprio ato de pensar exigia que ele, que pensava, fosse alguma coisa. E expressou essa percepção na célebre frase “Penso, logo existo”, adotada como primeiro princípio de sua filosofia. A seqüência de seus pensamentos o conduziu à concepção da alma como uma realidade inteiramente distinta do corpo, e a ideia de Deus como “substância infinita, eterna, imutável, independente, absoluta, onisciente e onipotente, criadora das existências, das essências e verdades eternas, das evidências, formas matemáticas e valores morais”.

As principais contribuições científicas de Descartes foram a criação da geometria analítica, a correta enunciação do principio da inércia e a formulação das três leis fundamentais da reflexão e da refração da luz. Sua influência, porém, foi ainda muito maior, pois deriva diretamente de Descartes o paradigma mecanicista que dominou por três séculos todo o pensamento científico. A distinção radical entre “substância infinita” (Deus), “substância pensante” (alma) e “substância extensa” (matéria), levou-o a conceber o universo como um mecanismo gigantesco, e os próprios seres vivos como autômatos complexos, regidos por leis físicas imutáveis, totalmente desprovidas de qualquer conotação anímica ou espiritual. Essa desespiritualização do mundo é o que Descartes tem de caracteristicamente moderno. Gerações mais tarde, ele iria levar ao ateísmo.

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